A Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, deu posse nesta sexta-feira (22), em uma solenidade transmitida pelo You Tube, às 28 representantes da sociedade civil e do Governo que integram o Conselho Estadual da Mulher (CEM). As conselheiras titulares e suplentes empossadas terão um mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição.
Durante a solenidade de posse, a secretária ressaltou que é inconcebível que mulheres ainda enfrentem dificuldades para a autonomia, para igualdade no mundo do trabalho para educação inclusiva, saúde da mulher e principalmente enfrentamento à violência contra as mulheres. O Conselho é muito importante para o fortalecimento e construção de políticas direcionadas a igualdade de oportunidades e direitos entre todas as pessoas e aqui principalmente para as mulheres.
Elizabeth Jucá afirmou ainda que é essencial manter a paridade do Conselho e que muitas discussões virão, principalmente em razão do momento atual. “A discussão que deve ser levada ao CEM é como será o nosso futuro, como vamos sair deste momento de Covid, como vamos trabalhar a política pública, o que precisamos fortalecer e quais serão as novas construções”.
A secretária parabenizou as conselheiras empossadas, com a certeza de que farão um belo trabalho à frente do CEM e reforçando a necessidade de trabalhar a pauta da mulher de forma transversal e interiorizada, o que é um desafio levando em consideração o tamanho do estado de Minas Gerais.
A deputada Estadual e presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Andréia de Jesus, iniciou sua fala reforçando sobre a importância de que, nestes 300 anos de Minas Gerais, é a primeira vez que uma mulher negra tem representação na Assembleia Legislativa. “Acredito que o protagonismo da mulher pode mudar a política e o papel do Conselho Estadual da Mulher é fundamental nesta mudança. A participação coletiva é de extrema importância na construção e fortalecimento das políticas públicas para as mulheres”.
Para a coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher em Minas Gerais, Maria Izabel Ramos (Bebela), esta é uma situação extremamente nova e é muito importante dar continuidade ao trabalho do CEM. “Parabenizo as conselheiras empossadas e reforço que o protagonismo da mulher virá no momento que que nos jogarmos na luta. As conselheiras terão a partir de agora um caminho diferente a trilhar, pelo menos agora no começo dos trabalhos”.
Bebela reforça ainda que é preciso que as conselheiras tenham ente si o diálogo e a clareza do que significa a política pública de Estado. “Para o enfrentamento e a prevenção à violência contra a mulher é necessária uma parceria com outros órgãos e instituições. Um desafio para as empossadas é a interiorização das ações do Conselho Estadual da Mulher”, finalizou.
Tomaram posse representantes das seguintes entidades: Movimento Popular da Mulher (MPM), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/MG), União Brasileira de Mulheres do Estado de Minas Gerais (UBM/MG), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAENG), Movimento do Graal no Brasil (GRAAL), Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (SINPROMINAS), União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO/MG) e União Brasileira de Mulheres de Ouro Preto (UBM/OP).
Do setor governamental foram empossadas representantes das Secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult), de Desenvolvimento Social (Sedese), de Planejamento e Gestão (Seplag), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de Educação (SEE) e de Governo (Segov).
CEM
O Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM), criado em 24 de agosto de 1983, pelo Decreto nº 22.971, é um órgão paritário composto por conselheiras representantes da sociedade civil e do poder público estadual. Atualmente é vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese).
O Conselho possui como diretrizes estratégicas os princípios que norteiam as políticas direcionadas para a igualdade de oportunidades e de direitos entre todas as pessoas, consignados na Constituição Federal, nos acordos internacionais e nas políticas nacionais para as mulheres.
Ao longo de sua trajetória, o CEM tem sido protagonista, junto com órgãos representantes da sociedade civil organizada e do governo, de ações relevantes em favor da ampliação da cidadania das mulheres, estando à frente de articulação de diversas ações e campanhas.

